Zootecnia
Alimentação de Galinha Caipira.
Na opinião do Dr. Alcides Paravicini Torres (no livro Alimentos e Nutrição das Aves Domésticas), "é difícil para o pequeno avicultor fazer uma ração bem equilibrada em proteína, energia, aminoácidos, vitaminas, minerais etc, como são as rações industrializadas.... Uma ração mal feita poderá conduzir a insucessos tais como queda de crescimento, de postura, muda extemporânea etc".
Na criação de galinhas caipiras, o balanceamento fica ainda mais complicado pois há também uma grande variação dos requisitos nutricionais dos animais (em função do ambiente) e da composição dos alimentos que as aves dispõem.
Devido a essas grandes variações, a Cati não pode recomendar uma dieta básica para a criação caipira de galinhas em postura. Nesse caso, recomendamos formular uma dieta empírica, a ser adotada com bom-senso.
Sugestão para estabelecer a quantidade de milho - nas rações industrializadas, em geral, o milho representa 70% da ingestão diária de alimentos. Admitindo a mesma proporção na criação das galinhas poedeiras caipiras, considere o consumo total descrito na tabela abaixo:
- Para galinhas adultas em postura: consumo de 125 gramas diárias de MS, então o milho deve fornecer 125 x 70% = 87,5 g MS. Corrigindo para 90% de MS, teremos 97 gramas de milho/ave/dia.
- Avaliação da proteína: o milho contém cerca de 8% de proteína na base natural. Então, no presente exemplo, 97 x 8% = 8 g de proteína serão fornecidos pelo milho.
- Déficit de proteína: 19 g (o requisito, conforme tabela abaixo) - 8 g = 11g/ave/dia, a ser suprido pelos demais ingredientes da ração.
Observe a desempenho dos animais. Se a postura ou a condição corporal dos animais estiverem abaixo do esperado, aumente o fornecimento de milho. Se os animais estiverem acumulando gordura em excesso, diminua o fornecimento do milho. Tenha em mente que o milho fornece pouca proteína, a qual portanto terá que ser suprida pelos demais ingredientes. Para evitar o risco de um déficit de aminoácidos na dieta, pode ser interessante adquirir no comércio um farelo proteinoso, ou mesmo um "núcleo" protéico-vitamínico-mineral, a ser adicionado ao milho e aos demais alimentos disponíveis na propriedade.
Com relação à pastagem, recomendamos gramíneas estoloníferas (aquelas de crescimento prostrado), como a grama seda e suas variedades melhoradas (coast-cross, tifton etc). Se o sítio estiver localizado em região de clima ameno e solos férteis, uma boa opção é o capim quicuio.
Fonte: CATI
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