COMPOSTO MONTANA
Zootecnia

COMPOSTO MONTANA



Um dos grandes fatores que limitam os programas de cruzamento na pecuária de corte do Brasil é a falta de adaptação dos touros de origem européia ao regime extensivo. Essa característica desses touros torna sua vida reprodutiva muito curta e assim encarecendo os custos fixos, oriundos do investimento inicial na aquisição do touro, por bezerro produzido, ou exigindo aplicação de biotécnicas como a inseminação artificial, nem sempre ao alcance dos pecuaristas.
Através da formação dos compostos, tenta-se obter vigor híbrido de maneira economicamente viável e com utilização prática e racional, enquadrados no manejo usual da fazenda. Se o programa de compostos for desenvolvido de maneira adequada, pode-se chegar a touros que se reproduzam a campo, sem necessidade de inseminação artificial, num processo capaz de democratizar o acesso ao cruzamento e os benefícios da heterose.


O Programa Montana iniciou suas atividades em 1993, trabalhando com cruzamentos entre raças zebuínas e taurinas, européias e adaptadas, em busca do bovino ideal para as condições brasileiras de trabalho. Baseado em ferramentas importantes do melhoramento genético o sucesso obtido com os cruzamentos foi enorme. Por ter composição racial flexível, o Montana encara qualquer região do país e traz resultados positivos em qualquer tipo de vaca, viabilizando o cruzamento através da monta natural e manejo simples.


A *heterose se mantém ao longo das gerações, diferentemente do que acontece com o uso de raças puras, onde a heterose vai se deteriorando ao longo das gerações. Os touros representantes das raças que compõem o Composto Montana foram selecionados a dedo em diversas partes do mundo e a seleção dos melhores animais é uma constante. 100% dos animais que integram o Programa são geneticamente avaliados, ou seja, conhecemos o valor genético de cada animal. Essa tecnologia e seriedade fez com que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) concedesse o CEIP – Certificado Especial de Identificação.
O Montana é o maior programa de bovinos compostos do mundo e conta com uma base de dados extremamente confiável. Essa base é auditada pelo MAPA e a avaliação genética é feita pela equipe de geneticistas do GMA – Grupo de Melhoramento Animal – da USP/Pirassununga, o que reforça ainda mais a qualidade das análises.




“Ao realizar o cruzamento o criador passa a produzir animais mais eficientes, capazes de maior ganho de peso numa área menor e num menor espaço de tempo, melhorando as margens e lucrando mais. Sem mencionar a produção de carne de qualidade, com valor agregado. O Montana é simples de usar e traz resultados já na primeira safra de bezerros. O uso desses touros em vacas Nelore causa incremento de produtividade imediato. As vacas Nelore são ótimas mães e podem criar muito bem um bezerro que desmama mais pesado, na mesma área. O touro Montana trabalha a campo com as vacas zebuínas, produzindo bezerros 20 a 30% mais pesados na desmama. Os garrotes filhos do cruzamento Montana x Nelore vão para o abate mais cedo, bem terminados e com carne de qualidade. As novilhas produzidas são mais precoces e férteis, podendo ser introduzidas norebanho de matrizes na fazenda", afirma Gabriela Giacomini, Zootecnista,gerente de operações do Programa Montana.

* Heterose é um fenômeno genético que ocorre quando animais geneticamente distantes se cruzam. Num acasalamento comum, espera-se que o valor genético da progênie seja igual à média do valor genético dos pais. Quando o acasalamento é feito entre animais de grupos genéticos diferentes, como taurinos e zebuínos, acontece a heterose, que faz com que a média do valor genético da progênie seja superior ao valor genético dos pais. 

Fontes: 
www.beefpoint.com.br
www.portaldoagronegocio.com.br
www.compostomontana.com.br
FERRAZ, J.B.S.; ELER, J.P. DESENVOLVIMENTO DE BOVINOS DE CORTE COMPOSTOS NO BRASIL,
O DESAFIO DO PROJETO MONTANA TROPICAL. Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP. III Simpósio Nacional de Melhoramento Animal.





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