Donos de granjas e avícolas da Serra afastam a possibilidade de a região enfrentar um recall de ovos, como ocorreu nos Estados Unidos em razão de um surto de salmonela, que ainda está sendo investigado. O coordenador da Divisão de Ovos da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Daniel Bampi, explica que hoje no Brasil há um forte controle sanitário e auditorias do Ministério da Agricultura para evitar contaminações.
Entre as normas que as granjas precisam atender e que constam no rol de orientações da Asgav, estão a de portar a sigla BPF (Boas Práticas de Fabricação) e de ter um veterinário como responsável técnico. Das 26 granjas e avícolas ligadas à Asgav na área da postura comercial/produção de ovos, 19 estão situadas na Serra.
Bampi ressalta que praticamente todos os produtos e processos realizados nos aviários são inspecionados, por isso ele não acredita que há riscos de a salmonela atingir a produção de ovos da região.
"O controle sanitário exigido pelo Ministério da Agricultura é muito bom, o que contribui para barrar possíveis contaminações. As entidades brasileiras se preocupam bastante com a sanidade avícola, porque somos um país exportador de carne de frango e agora também de ovos. Até onde se sabe, a salmonela é uma bactéria que só se prolifera em ambientes em que há falta de higiene. Hoje, no Brasil, não se fala em salmonela em ovos", observa Bampi, que mantém com a família a Avícola Bampi, em Farroupilha.
O dirigente lista, entretanto, algumas orientações que o consumidor deveria seguir na hora de comprar ovos para o consumo. Um delas é checar se a embalagem traz o rótulo com o registro do Ministério da Agricultura. Também deve ser verificado se os ovos estão com boa aparência, sem sujeira ou rachaduras. Outra importante dica é a conferência da data de validade.
"Os ovos têm valor biológico grande, mas as bactérias só têm chance de se proliferar se encontrarem um ambiente propício para isso, ou seja, sujo, sem higiene adequada".
Pioneiro