Hormonios na Avicultura de Corte: MITO
Zootecnia

Hormonios na Avicultura de Corte: MITO


Sempre citada como alternativa saudável à carne vermelha, a carne de frango deixou de ser um produto simples de escolher. Desde o início da produção intensiva de aves de corte ainda na década de sessenta, os empresários e os técnicos de setor têm convivido com a avaliação,  de que estas aves para produzidas com a utilização da adição de hormônios em suas rações.
"Não tem hormônio." Essa costuma ser uma resposta comum. Na esteira de um sistema produtivo em que aves vivem cerca de 42 dias entre sair do ovo e ir ao abate, o mito do uso de hormônios de crescimento na avicultura ganhou força. Não é raro encontrar quem cite o "frango cheio de hormônios" como potencial perigo à saúde.
Esta constatação é absurda e em algumas circunstâncias tem comprometido o setor que fica obrigado a justificar-se quando na verdade não há qualquer razão para tal, uma vez que a avicultura brasileira não usa deste expediente pra ter o desempenho de suas aves favorecido.
Este fantástico progresso no desempenho das aves não está absolutamente sustentado na perspectiva milagrosa de que um determinado produto (hormônio), quando adicionado à alimentação daqueles animais, possa promover um rápido crescimento. Existem trabalhos que compravam a não viabilidade economica do uso destes produtos, e quando o assunto interfere no bolso de alguém o assunto muda, eu penso que é bem dificil algum produtor usar um produto que não lhe trará retorno financeiro, além também de que os animais não respondem a essas substâncias. O médico veterinário Leandro Feijó (SDA/Mapa) e a Professora Andréa Machado Leal Ribeiro(Zootecnista - UFRS) defendem que o  “O tempo de vida do animal até o abate inviabiliza qualquer tentativa de utilização de hormônios nesta espécie, assim como  o tempo suficiente para a sua atuação no organismo”. 
A carne de frango, devido a características como praticidade na compra e no preparo, tem uma grande representatividade no mercado mundial. No Brasil a produção de pintos de corte equivale cerca de 12% da produção mundial e coloca o país como o principal produtor do mundo no setor.  Por esta razão, Sulivan Pereira Alves, Coordenadora técnica da ABEF – Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos afirma que a indústria brasileira não poderia correr o risco de “ter seu produto condenado”.
Este progresso está baseado fundamentalmente em uma intensa atividade de pesquisa nas áreas de nutrição, sanidade e no melhoramento genético feito durante décadas é um dos grandes responsáveis pelo maior ganho de peso em pouco tempo. Esse melhoramento é impulsionado pelo fato das aves terem uma maior produção durante um ano que uma vaca que produz 1 bezerro ao ano em relação ás aves que chegam a produzir 280 pintainhos por ano.
Estudos avaliando o uso de hormônios em aves não encontraram nada que estimulasse o crescimento além do próprio potencial genético do animal.Os avanços na nutrição (com rações consideradas mais balanceadas do que a dieta de um ser humano), o controle ambiental (como regulagem de luz e temperatura) e o desenvolvimento na prevenção e no tratamento de doenças também são apontados como fatores que fazem o frango crescer mais rápido.
No Brasil, o emprego destas substâncias é proibido. Desta forma, não há a possibilidade de livre comércio das mesmas em nosso País. Claro que alguém mais interessado em levar a discussão adiante poderia afirmar que nem toda a indústria avícola poderia se valer deste expediente. Isto seria outro absurdo pois a maioria das empresas avícolas brasileiras têm seus resultados de produção avaliados e comparados formal ou informalmente. Como poderia uma determinada empresa se satisfazer com piores resultados sistemáticos sem tentar identificar o que as demais estariam fazendo para ter melhores desempenhos de seus frangos? 
Hoje há uma crescente utilização de promotores de crescimento na dieta dos animais. São antibióticos usados em dosagem muito menor do que a recomendada para fins terapêuticos. Por melhorarem as condições do intestino do animal, evitando diarréias, os produtos fazem com que ele aproveite melhor o que come.
Em muitos países da Europa, essas substâncias são proibidas. O argumento é que elas poderiam contribuir para a resistência das bactérias aos antibióticos, tornando os remédios desse tipo ineficazes para doenças humanas, mas a substância não se deposita nos músculos dos animais nem deixa resíduos.
Mesmo entre os criadores convencionais, a prática é suspender a inclusão dessas substâncias na ração nos sete dias que antecedem o abate. E, devido às restrições européias, os produtores brasileiros vêm diminuindo o uso delas por alternativas como extratos vegetais, probióticos e enzimas.
Então, a pergunta que fica é por que as aves produzidas pela indústria avícola brasileira são tão precoces e tão diferentes daquelas produzidas de forma extensiva, ou em fundo de quintal (galinhas caipira)? Os frangos de corte produzidos pela indústria avícola, embora da mesma espécie daqueles produzidos extensivamente, são oriundos de linhagens comerciais que vem sendo geneticamente desenvolvidas ao longo dos anos exatamente para ser mais precoces e produzir carcaças de melhor qualidade.
Segundo Antônio Mário Penz Junior, Eng. Agrônomo,PhD em Nutrição Animal, Professor Titular do Departamento de Zootecnia da UFRGS, é importante ressaltar que toda e qualquer acusação individual ou coletiva com relação a qualidade da carcaça de frangos de corte deve ser reavaliada pois tem sido feito de forma leviana e via de regra sem fundamento. Estas ondas podem prejudicar um setor dos mais modernamente desenvolvidos em nosso País e que tem gerado emprego, alimento e riqueza e que não pode ficar com a imagem de que está produzindo, de forma irresponsável, alimento para os brasileiros e indivíduos de outros países.


 
 Fonte: 
http://www1.folha.uol.com.br
http://portaldoconsumidor.wordpress.com
http://www.saudeanimal.com.br



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