MINHOCULTURA OU VERMICOMPOSTAGEM
Zootecnia

MINHOCULTURA OU VERMICOMPOSTAGEM


Vermicompostagem

A minhocultura ,ou vermicompostagem, é a criação racional de minhocas, objetivando a geração de diversos subprodutos para aplicação na agricultura e nutrição, promovendo a maior produtividade e a sustentabilidade ecológica de culturas, possibilitando o uso de técnicas menos agressivas de cultivo.
Agentes naturais de compostagem, as minhocas reciclam resíduos orgânicos sem a adoção de qualquer suplemento sintético com excelentes resultados para a fertilização do solo, consequentemente, para a agricultura e para o meio ambiente.


Vermicompostagem na Agricultura Orgânica.

A criação de minhocas (minhocultura) é, entre nós, uma atividade recente e desconhecida do grande público. A exemplo dos demais países da América do Sul, ela teve início no final de 1983, com matrizes trazidas da Itália pelo Comendador Lino Morganti, para a sua propriedade em ltú (SP).
O comércio de minhocas vivas, como isca para a pesca esportiva, tem sido o grande responsável pelo desenvolvimento da minhocultura em muitos países, inclusive no Brasil.
No Brasil, os baixos investimentos exigidos na sua criação têm levado muitas pessoas a se interessarem em explorar a minhocultura como uma fonte de carne (proteína) barata, para a alimentação de pequenos animais, como rãs, peixes, aves, camarão-de-água-doce, e, principalmente, na produção de húmus, esterco de minhoca ou vermicomposto (terra vegetal), para fins de jardinagem, florístico, de paisagismo e da agricultura em geral, capaz de proporcionar-lhes um rendimento extra.


As minhocas são animais hermafroditos, apresentam os órgãos reprodutores masculinos e femininos num mesmo indivíduo. Entretanto, eles não conseguem se autofecundar, havendo a necessidade de um parceiro. Após o acasalamento cada indivíduo irá produzir um casulo com até 7 ovos por dia (espécies comerciais).

Apenas três espécies são criadas comercialmente: 

Devido ao clima tropical no Brasil há uma predominância da gigante africana nos canteiros dos produtores.

A gigante africana pode atingir 22 centímetros de comprimento, sendo a mais preferida, apesar de apresentar o inconveniente da fuga dos canteiros.

A criação é feita em canteiros de 1m de largura por 0,40m de altura e comprimento variável de 10 a 15 metros. 

Para a construção do canteiro, ao nível do solo, com fundo de terra batida, podem ser usados tijolos, blocos, tábuas e o bambu aberto no meio, com uma declividade interna de 2%, para facilitar o sistema de drenagem. 
Minhocário

Canteiro-minhocário

Para o carregamento do canteiro, podemos usar o esterco animal curtido, lixo domiciliar ou outra fonte de matéria orgânica em decomposição, que, além de servirem como um ambiente natural para as minhocas, são usados na sua alimentação. Para tanto, o esterco de gado, o mais utilizado, deve ser fermentado-compostado.Além da alimentação (esterco), da temperatura, da acidez, da aeração e da drenagem do canteiro, o teor de umidade é da máxima importância para o desenvolvimento das minhocas; sempre que o teor cair abaixo de 80%, o canteiro deve ser irrigado.

Composto utilizado para preenchimento do canteiro e alimentação das minhocas.

Cuidados especiais devem ser dados, quase que diariamente, aos inimigos naturais das minhocas: galinha; porco; sanguessuga; pássaros; formiga lava-pé; etc. 
A colheita pode ser manual, diretamente sobre o canteiro ou sobre uma mesa, junto com o húmus, ou ainda através de máquinas. 
Colheita manual de minhocas sobre uma mesa em local sombreado, como matrizes. 

Colheita mecânica das minhocas e/ou húmus com peneira elétrica cilíndrica, rotativa. fazenda Fittipaldi Citrus, do senhor Emerson Fittipaldi, em Araraquara, SP.


Segundo especialistas alguns criadores com certa técnica conseguem produzir até 4kg de minhocas por metro quadrado de canteiro por mês. 
A produção esperada é de mais ou menos 150kg/m2/canteiro (40 a 50% de umidade). O preço varia de acordo com a região.

A matéria orgânica humificada, no caso o vermicomposto, é de grande importância para a fertilidade de nossos solos e, conseqüentemente, para a produtividade agrícola, porque ela atua nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.



Fontes:
Minhocultura - www.soloevida.com.br
Minhocultira - por Ângelo Artur Martinez. www.infobibos.com
A minhocultura e a produção de húmus no contexto da agricultura familiar. 10 de Outubro de 2009. www.jornaldopontal.com.br






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